O professor da Faculdade de Educação da FEUSP, Pagotto-Euzebio, que escreveu 'Por que ler os clássicos?', explicou que o livro clássico possui algo da ideia platônica: ele é o livro que todos os outros livros gostariam de ser; e é a prova do fracasso dos outros livros em sê-lo. E por isso mesmo precisa estar cercado das outras obras para demonstrar, à força do contraste, sua superioridade.
Ele completou justificando que é importante notar que um clássico nasce lentamente. (...) "Os clássicos se tornam clássicos por obra do tempo, o que é apenas outra forma de se referir à dedicação ou amor continuado dos leitores por esses livros, geração após geração.", escreveu.
De acordo com a coordenadora editorial da Valer, Neiza Teixeira, publicar alguns desses clássicos é uma contribuição histórica para as futuras gerações. "A editora Valer tem compromisso com o seu público e com a humanidade, tendo em vista que ela busca, nas suas publicações, contribuir para que fique registrado a nossa passagem por esse planeta. É por isso que buscamos, sempre, procurar autores e obras que possam, futuramente, ser nossos representantes, portanto serem considerados “clássicos”.
Confira
os clássicos mais recentes publicados pela editora Valer:
RELAÇÃO
DO FAMOSÍSSIMO E MUITO PODEROSO RIO CHAMADO MARAÑÓN
Em língua
portuguesa, esta obra não se encontrava disponível integralmente no mercado
editorial. Ela chega para sanar lacunas sentidas por muitos investigadores e
estudantes, com um Estudo Introdutório, notas, referências que muito permitirão
o conhecimento da Amazonia e da História universal. O relato de frei Carvajal
sobre o famosíssimo rio Marañón integra a História e a Literatura de Viagens.
Trata-se da narrativa de um fato que ajudou a mudar uma das mais ricas regiões
do mundo e que enriquece o nosso imaginário.
COLEÇÃO
MOTINS POLÍTICOS – CAPA DURA
“Motins
políticos ou história dos principais acontecimentos políticos da província do
Pará desde o ano de 1821 até 1835” inaugura a historiografia paraense. Nos três
volumes estão reunidas informações e análises de momentos capitais da história
do Norte do Brasil. É um dos mais relevantes estudos sobre a Cabanagem.
A
ÁRVORE QUE CHORA
No momento em que a Amazônia clama por socorro, chega “A árvore que chora”, da escritora austríaca Vicki Baum, um dos mais célebres romances sobre a borracha. A visão da autora é a de quem se situa numa perspectiva em que pode dar conta da realidade na sua completude. Ela eleva-se, olha de uma dimensão na qual unifica a realidade e a ficção para apreender o homem, nas selvas amazônicas e na Ásia, que colheu, que beneficiou, que padeceu de males desconhecidos até a morte; em outros lugares, que fez pesquisas científicas, comercializou, enriqueceu, dando a sua contribuição para muitas coisas das quais hoje usufruímos.
Este livro leva-nos a refletir sobre a ganância, o poder, o sofrimento, a morte, o dinheiro, os projetos de vida, e, também, a perguntar: tudo isso vale a pena?
Somente podemos dizer que este é um dos mais importantes escritos sobre um produto que transformou a visão e os interesses sobre as Amazônias e que as inseriu no movimento voraz do capitalismo.
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